Também concordo. Mas estas reformas fiscais são delicadas. Por exemplo, muitas vezes as insenções fiscais são importantes instrumentos de política económica e social.
Eu não sou contra algumas isenções mas a existência de tantas segmentações por escalão, por tipo de contribuinte e por localização geográfica fomenta a fuga e complica a avaliação da politica fiscal!
Pedro, o meu comentário foi feito numa óptica "revenue neutral".
Assumindo que a receita fiscal é a mesma, que sistema é preferível? Um sistema mais simples, com uma taxa de imposto única e sem isenções ou um sistema com taxas diferênciadas mas com isenções?
Se estas isenções servirem para criar incentivos bons, pose ser que o sistema mais complicado seja melhor.
Mas que fique claro, que concordo com a importancia de ter um sistema fiscal simples.
Paulo, um sistema mais complexo é sempre menos eficiente, como tal essa paridade que pretendes implica uma carga fiscal maior quanto mais complexo o sistema para atingir uma receita fiscal idêntica. A melhor isenção e o melhor incentivo é ter impostos baixos e simples, que todos percebemos sem apoio do guia fiscal da Deloitte ou da Deco! :)
Sendo utópico diria: IRS dois escalões, zero abaixo de X rendimento, 20% (ou o que fosse necessário) acima de X; IVA, taxa única, isenção de nada; um imposto municipal simples; IRC dois escalões como no IRS (se bem que eu até acabava com o IRC e obrigava a x% de distribuição de lucros a partir de uma certa dimensão de empresa (para taxares em IRS).
Pedro, na minha opinião não é claro que um sistema mais complexo seja sempre menos eficiente.
As isenções fiscais normalmente são atribuidas para aumentar a eficiencia.
Por exemplo, se atribuimos uma isenção do imposto automóvel a quem comprar um carro eléctrico, o objectivo é aumentar a eficiencia energética e reduzir o custo ambiental das emissões de Co2.
Já sei que quando te referias a eficiencia, não era neste sentido. Mas a questão é justamente esta, a eficiência tem muitas facetas.
p.s. concordo que faria falta um "like" e desde já proponho um "like, but..."
Um sistema mais complexo implica mais custos para o gerir, pelo que o resultado final será sempre menos eficiente no sentido que precisas de uma maior carga fiscal para conseguir a mesma receita. Objectivamente é isso que acontece…
As eficiências do tipo da que falas tem uma falácia: assume que o carro eléctrico não é hoje, mesmo sem incentivos, mais barato do que um carro a gasolina ou diesel. Isso já não é verdade e se quiseres posso mandar-te uma apresentação que o demonstra (especialmente num espaço de 5 anos, que é menos do que a duração média de uma carro de passageiros em Portugal).
Independentemente disso não quero que o Estado crie formas artificiais de eficiências… se o carro eléctrico não for economicamente eficiente nunca deveria ser apoiado, porque no longo prazo vai ser um peso.
Simplificar é combater a arbitrariedade. Ora, a arbitrariedade é o combustível não só dos políticos como de muitas profissões com um grande poder de lobby em Portugal.
é o caminho que temos de seguir, mas ainda não temos maturidade para poder aspirar a tal. Nós, portugueses, até para cobrar portagens a estrangeiros conseguimos complicar ao máximo, quanto mais.
Nem estou certo sobre qual o grande imposto que deveria ser simplificado primeiro, pois são todos tão obtusos que embaraça a escolha.
10 comentários:
Completamente de acordo!
Também concordo. Mas estas reformas fiscais são delicadas. Por exemplo, muitas vezes as insenções fiscais são importantes instrumentos de política económica e social.
Paulo, só são importantes se forem sustentáveis!
Eu não sou contra algumas isenções mas a existência de tantas segmentações por escalão, por tipo de contribuinte e por localização geográfica fomenta a fuga e complica a avaliação da politica fiscal!
Pedro, o meu comentário foi feito numa óptica "revenue neutral".
Assumindo que a receita fiscal é a mesma, que sistema é preferível? Um sistema mais simples, com uma taxa de imposto única e sem isenções ou um sistema com taxas diferênciadas mas com isenções?
Se estas isenções servirem para criar incentivos bons, pose ser que o sistema mais complicado seja melhor.
Mas que fique claro, que concordo com a importancia de ter um sistema fiscal simples.
Paulo, um sistema mais complexo é sempre menos eficiente, como tal essa paridade que pretendes implica uma carga fiscal maior quanto mais complexo o sistema para atingir uma receita fiscal idêntica.
A melhor isenção e o melhor incentivo é ter impostos baixos e simples, que todos percebemos sem apoio do guia fiscal da Deloitte ou da Deco! :)
Sendo utópico diria: IRS dois escalões, zero abaixo de X rendimento, 20% (ou o que fosse necessário) acima de X; IVA, taxa única, isenção de nada; um imposto municipal simples; IRC dois escalões como no IRS (se bem que eu até acabava com o IRC e obrigava a x% de distribuição de lucros a partir de uma certa dimensão de empresa (para taxares em IRS).
Isto dos blogs devia dar para fazer likes como no FB! :)
Pedro, na minha opinião não é claro que um sistema mais complexo seja sempre menos eficiente.
As isenções fiscais normalmente são atribuidas para aumentar a eficiencia.
Por exemplo, se atribuimos uma isenção do imposto automóvel a quem comprar um carro eléctrico, o objectivo é aumentar a eficiencia energética e reduzir o custo ambiental das emissões de Co2.
Já sei que quando te referias a eficiencia, não era neste sentido. Mas a questão é justamente esta, a eficiência tem muitas facetas.
p.s. concordo que faria falta um "like" e desde já proponho um "like, but..."
Um sistema mais complexo implica mais custos para o gerir, pelo que o resultado final será sempre menos eficiente no sentido que precisas de uma maior carga fiscal para conseguir a mesma receita. Objectivamente é isso que acontece…
As eficiências do tipo da que falas tem uma falácia: assume que o carro eléctrico não é hoje, mesmo sem incentivos, mais barato do que um carro a gasolina ou diesel. Isso já não é verdade e se quiseres posso mandar-te uma apresentação que o demonstra (especialmente num espaço de 5 anos, que é menos do que a duração média de uma carro de passageiros em Portugal).
Independentemente disso não quero que o Estado crie formas artificiais de eficiências… se o carro eléctrico não for economicamente eficiente nunca deveria ser apoiado, porque no longo prazo vai ser um peso.
Simplificar é combater a arbitrariedade. Ora, a arbitrariedade é o combustível não só dos políticos como de muitas profissões com um grande poder de lobby em Portugal.
é o caminho que temos de seguir, mas ainda não temos maturidade para poder aspirar a tal. Nós, portugueses, até para cobrar portagens a estrangeiros conseguimos complicar ao máximo, quanto mais.
Nem estou certo sobre qual o grande imposto que deveria ser simplificado primeiro, pois são todos tão obtusos que embaraça a escolha.
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