Num abrupto virar de página
assistimos na semana passada ao início de uma nova fase política no Governo: O Primeiro-ministro iniciou uma cruzada contra o PS, o líder do CDS foi nomeado
responsável para o programa de cortes no Estado e o Ministro Relvas passou a nomear-se o defensor dos interesses dos jovens.
Esta concertação de iniciativas
distintas ocorre em pleno lançamento da corrida autárquica. Embora não se
tratem de eleições legislativas, o Governo sabe que os resultados podem colocar
em causa o apoio público ao executivo e, em caso extremo, precipitar o seu
término como aconteceu com o Governo do Eng. António Guterres.
Mas a alteração política ao
discurso e à forma como os problemas são analisados traduz ainda a assumpção de
que as medidas politicas tomadas até ao momento não foram as suficientes ou mesmo
as necessárias para dar confiança aos portugueses. Mesmo admitindo que são medidas de longo prazo e que só produzirão
efeitos no final da legislatura, então podemos assumir de que a comunicação
politica não terá sido a mais indicada.
Dificilmente o Governo admitirá que errou na área onde os seus membros tinham mais experiência, a comunicação. Gerir um Governo com lacunas nesta área em pleno séc XXI é uma falha política grave
e que terá consequências, mesmo que em meados de Fevereiro de 2013 se efectue
um volte face motivado pelas Autárquicas 2013!
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