terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

E se eu concorrer à Presidência da República?

A agenda mediática e os jogos de interesses partidários começaram com bastante antecedência a projectar a trajectória de candidatura de algumas figuras identificadas como Presidenciáveis para 2016.

Sendo a candidatura presidencial um acto pessoal e, em teoria, isento de promoção partidária, podemos indagar quais os motivos que levam a que a agenda mediática apenas foque a sua atenção em personalidades politicas ou, pelo menos, bastante próximas de partidos políticos.
Nada, mas mesmo nada, exige que o cidadão que se propõe a representar o mais alto cargo da nação tenha experiência partidária ou tenha desempenhado cargos políticos.

Vamos então supor que, em paralelo com as candidaturas partidárias disfarçadas, existirá uma candidatura realmente isenta, de um cidadão não relacionado com partidos políticos ou grupos de interesse. Esta candidatura inovadora, sem apelos partidários, representaria a população portuguesa descontente com o estado da arte e seria porta-voz de milhares de portugueses descontentes com a partidocracia portuguesa. Não seria uma candidatura de facilitismo ou de demagogia. Pelo contrário, teria como slogans a exigência e o patriotismo, a responsabilidade e o civismo. Mas seria também uma candidatura motivadora e ambiciosa que reunisse o que de melhor têm os portugueses: a criatividade, a solidariedade, o orgulho e a irreverência de gerações e gerações de cidadãos enfraquecidos por uma máquina administrativa do estado demasiado pesada, excessivamente lenta e claramente ineficiente.

A política não deve ser construída apenas por partidos nem deve ficar refém de ideias ultrapassadas defendidas pelos mesmos de sempre. No actual quadro institucional europeu e com os desafios mundiais exige-se mais intervenção, maior diplomacia e uma intuição política de excepção.

Não faltam em Portugal pessoas com as características acima identificadas que poderiam, poderão ou irão em 2016 romper com a estratégia mediática de levar a eleições apenas aqueles que o sistema político deseja!