Portugal é, actualmente, palco de um novo cenário de desafios. A governação de José Sócrates levou o país ao buraco negro de insegurança, endividamento e descrédito, de onde muitos julgam só ser possível sair através de um milagre. A situação tornou-se de tal forma insustentável, que só mesmo um novo governo seria capaz de trazer alguma esperança ao povo português.
Os portugueses são aventureiros e detentores de um enorme espírito de sacrifício, o que explica em grande parte a passividade com que vão sendo comandados ao sabor do interesse dos poderosos, que querem à viva força ascender na sua promoção pessoal, esquecendo os interesses colectivos. Não é o PSD ou mesmo o CDS que fazem a diferença, mas sim um nome: Pedro Passos Coelho - uma lufada de ar fresco, que vem agitar as águas turvas em que nos temos vindo a afundar, uma bóia de salvação para as angústias sentidas nos últimos anos.
Estamos a viver o pior acto de sempre da peça que dá vida à nossa história. O conjunto de novos actores não nos transmite a confiança necessária para podermos gozar tranquilamente os dias de sol que se aproximam. Na minha modesta opinião, este é precisamente o factor de mudança de que precisávamos: competências técnicas são bem vindas, por contraste à experiência política desgastada e inoperante. Nenhum de nós é muito bom para um cargo, antes de o exercer, mas a visão inovadora, as aptidões e a vontade podem fazer toda a diferença e, se o que tivemos até agora não funcionou, porque não acreditar neste novo modelo?
Eu também tenho as minhas dúvidas, mas dou o meu voto de confiança. O país precisa de todos nós. Não devemos ser passivos ao ponto de entregar o nosso destino em mãos alheias. Podemos fazer sempre mais, podemos sempre contribuir, sendo activos na vida social e política. Ainda que eles sejam os actores, o papel principal é nosso.
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