domingo, 15 de setembro de 2013

Neuroeconomia #6

A propósito de manipulação todos tendemos a comentar: "Eu não sou manipulador!", "Eu não gosto de ser manipulado!". Na realidade cada um de nós, sem excepção, acaba por ser manipulador e por se deixar manipular.
A manipulação surge nas nossas vidas como uma força motriz que nos conduz. A melhor forma de lidar com a manipulação é reconhece-la como garantida e saber geri-la com paciência e sabedoria. Um dos exemplos mais gritantes está presente na publicidade que invade diariamente as nossas casas. Grupos de pessoas estudam os nossos comportamentos ao nível do consumo, com vista a manipularem as nossas decisões no acto de compra. Esses grupos investigam as nossas fragilidades para obterem uma chave de acesso ao nosso perfil de consumo.
É assustador, mas ao mesmo tempo genial, como todo este processo de manipulação nos envolve e quão difícil é libertarmo-nos dele. Ainda mais interessante é o facto de cada um de nós achar que não se deixa enganar pela publicidade e que decide de forma consciente o que quer ou não perante uma determinada escolha. Somos manipuláveis, mas somos assustadoramente previsíveis quanto à tendência mesquinha de querermos condicionar o mundo à nossa volta, revelando os nossos próprios ímpetos de manipulação alheia.

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