sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Politica = 80% Imagem + 20% Mensagem

A sociedade actual é vulgarmente apelidada de sociedade da informação. Qualquer pessoa que necessite de saber mais sobre um assunto, facilmente recorre a jornais, televisão ou internet para obter os esclarecimentos que necessita. No entanto, e em paralelo, há pouca disponibilidade ou mesmo interesse para obter mais informação sobre assuntos de interesse comum como politica e economia.

Este é um problema dos meios de comunicação que explicam mal os assuntos que analisam mas também dos partidos políticos que passaram a ser 80% marketing e 20% mensagem.

Esta opção da imagem em detrimento dos valores foi uma consequência dos hábitos dos cidadãos, mais interessados em mensagens visuais apelativas do que em argumentos irrefutáveis.

Um dos exemplos mais comuns sobre este assunto é a enorme falta de informação na sociedade sobre o programa de ajustamento, quais os problemas que o motivaram, quais as alternativas e consequências se não fosse cumprido.

Muitos dos cidadãos não sabem o que são os mercados nem percebem porque temos de nos sujeitar a medidas de contenção orçamental. Esse desconhecimento não origina uma pesquisa do próprio para se informar sobre os temas e acaba por gerar uma critica pouco esclarecida, falaciosa e inconsequente.

Ainda assim, os políticos continuam a utilizar chavões desconhecidos e a falar num "politiquês" cada vez mais distante da linguagem dos seus concidadãos.

A politica necessita ser explicada para ser compreendida. Isto significa que não bastam meia dúzia de palavras caras e falar no "bicho papão" que são os mercados para justificar uma qualquer medida. Da mesma forma, é claramente insuficiente refutar toda e qualquer medida do governo como alternativa politica sem referir qual seria a consequência dessa decisão suicida.



Artigo também publicado dia 10/10/2013 no blog "OPINIÃO" da página da SIC, Expresso e RR, www.parlamentoglobal.pt


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