terça-feira, 10 de março de 2015

Duas Eleições, a mesma expectativa de sempre!

Como é hábito em todos os anos eleitorais, a política portuguesa de 2015 alimenta-se de pequenos escândalos, factos políticos de média importância e praticamente nenhuma proposta para o futuro dos portugueses.

Fala-se de rendimentos e prestações sociais mas esquecem-se os milhares de desempregados. Especula-se sobre a ética dos candidatos mas não se ouvem propostas para reformar o Estado. Divaga-se sobre candidatos presidenciais mas nenhum arrisca dar o primeiro passo.
A política continua a fazer-se de faits-divers e é escassa em compromissos e responsabilidade. E mesmo os pequenos partidos que poderiam primar pela diferença não têm mais criatividade do que imitar os restantes, ficando à espera que os ventos da mudança politica europeia lhes consiga dar alguma cadeira no parlamento.


Estratégia errada…..Completamente errada!


O que os portugueses querem e devem conhecer são as propostas dos partidos para combater as assimetrias regionais, promover o emprego, retomar o crescimento económico e reformar o Estado. Quais as politicas que podem combater a corrupção, melhorar a eficiência da justiça, dinamizar o empreendedorismo e apoiar a diáspora?

Será que nenhum jornalista tem a curiosidade de saber quando vai o país ter superavits para diminuir a divida pública que nos asfixia com juros?

Com a proximidade entre eleições legislativas e presidenciais, 2015 ameaça ser um ano cheio de banalidades e lutas de bastidores, sem o sumo  construtivo que devia ter a politica de um país que tem de se emancipar para sobreviver. Até às campanhas eleitorais todos se acusarão mutuamente, sem concretizarem alternativas nem proporem soluções.

É esta a política tradicional!
Será esta a política que continuaremos (infelizmente) a ter…


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