É já na próxima segunda-feira que se conhece o(s) laureado(s) com o Prémio Sveriges Riksbank para as Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel.
As apostam multiplicam-se e a Thomson Reuters avança com as suas previsões que podem ser consultadas aqui.
Eu aposto em Kenneth Rogoff, professor em Harvard, especialista em finanças internacionais e, ainda, política económica e macroeconomia, donde se destaca o seu trabalho em áreas como crises financeiras internacionais, independência dos bancos centrais, taxas de câmbio, desequilíbrios nas contas correntes e ciclos políticos orçamentais. Estando estas áreas tão em voga, penso que o trabalho deste economista deve ser premiado, já para não falar no recente paper que publicou - A Decade of Debt - em conjunto com Carmen Reinhart, sobre a dívida soberana (default).
Este economista tem criticado a entrada de Portugal e da Grécia no zona euro e aponta como solução a reestruturação da dívida destes países. É também sua a opinião que a intervenção do FMI obriga a grandes ajustamentos orçamentais e que é mais que expectável que haja uma explosão de dívida após uma crise financeira.
Portugal é um país exposto e vulnerável e ainda estamos longe de saber o fim desta história. Rogoff está certo quando afirma que a entrada na zona euro foi um exagero, mas está igualmente certo quando aponta o caminho do crescimento como uma solução sustentável para o equilíbrio das contas públicas. Basta ver que estamos a aguentar-nos por um fio e que mais cedo ou mais tarde, ou por implosão interna ou por explosão externa, o euro em Portugal vai ruir.
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