Sou da opinião que Paul Krugman, talvez o economista/opinion-maker mais mediático do nosso tempo, é sempre muito mais criativo e pertinente quando discute temas que têm que ver com o crescimento e as dinâmicas económicas de médio prazo.
Ele hoje escreveu isto no seu blog, que oferece (espero eu...) motivos para optimismo:
"Consider for a moment a sort of fantasy technology scenario, in which we could produce intelligent robots able to do everything a person can do. Clearly, such a technology would remove all limits on per capita GDP, as long as you don’t count robots among the capitas. All you need to do is keep raising the ratio of robots to humans, and you get whatever GDP you want."
É possível imaginar portanto uma revolução tecnológica na forma de organizar a produção que pode aumentar e muito a produtividade das nações. Krugman é intencionalmente distraído no seu cenário futurista. É claro que estes Robots vão existir existem, no entanto, para produzir, programar e conservar estas maravilhas da técnica, fazem falta os fatores de produção do século XXI: conhecimento, técnica e ciência. Em suma, capital humano. E o capital humano vai ser o fator de produção escasso de um futuro não tão longínquo, único entrave ao "crescimento infinito" distraidamente imaginado por Krugman...
Tal como no século passado, o sistema económico dominante será o sistema capitalista. Mas o Capital capaz de gerar valor e riqueza não será feito de aço e betão. Vai ser outro tipo de massa cinzenta, o Capital Humano! É portanto fundamental investir em educação, garantir um ensino técnico de qualidade e ajustado aos nossos tempos e garantir o financiamento adequado das universidades (fontes de conhecimento e inovação). E para garantir que toda a sociedade beneficiará deste "crescimento infinito", é fundamental dar acesso a todos a uma educação de qualidade.
Paulo S Monteiro
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