segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ponto de partida

Uma das razões que me levaram a decidir escrever sobre a economia portuguesa são bem prosaicas. Pese embora nem seja economista (mas sim apenas um licenciado em Economia), já que é nítido que a reputação da profissão em Portugal já está tão por baixo, achei que conseguiria fazer melhor.

Por exemplo, a sugestão de ordem prática de um reputado (em Portugal) economista para resolver o problema da despesa pública, passava por e passo a citar:
seguramente, os vencimentos de funcionários públicos, incluindo os ministros", com "um corte na banda dos 15, 20, 30% - 15 sem dúvida, 20 provavelmente".
Continuando com: "A cru. Sem explicar nada. Ou melhor, explicando que ou é assim ou não é. Não querem, então não se faz".
 
Eu ainda pensei que ele tivesse sido mal citado, mas uma vez que colocou esta notícia no site da sua empresa, é porque concorda com as mesmas. Se isto é uma opinião, visivelmente muito fundamentada e bastante estudada como o detalhe dos 15-20-30% deixa denotar, dada por um ex-Ministro das Finanças, não é arrogância minha aspirar a pensar que consigo fazer melhor que isto. Fico curioso de saber se durante os tempos de escola deste senhor, que os saudosistas dizem que era muito mais exigente que a actual, num qualquer problema matemático ele apresentava assim tantas soluções e tão díspares. E se sim, qual a avaliação que lhe davam?

Concluindo, o meu objectivo ao escrever neste blog é dar opiniões um pouco mais construtivas e fundamentadas do que esta. É graças a opiniões deste calibre que o prestígio dos economistas está cada vez mais afundado. Tendo posto a fasquia neste nível, só posso ser bem sucedido.

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