quinta-feira, 21 de março de 2013

De Chipre, nem bons ventos, nem boas medidas


Com a crise das dividas soberanas surgiu uma nova ordem económica mundial liderada pela troika. As medidas de recuperação dos países são definidas exogenamente por uma entidade supra nacional que dita o ritmo das medidas.

As épocas de crise são óptimas para se fazerem experiências. Testa-se num país a diminuição da TSU, testa-se num outro o aumento do IVA ou mesmo a taxação dos depósitos. Mas as experiências devem ser acompanhadas de bom senso, calo politico e limites!

Se a especificidade dos países exige que sejam definidos diferentes cocktails de politicas de retoma, podemos questionar se os efeitos sistémicos das medidas estão a ser tidos em conta nos modelos econométricos. Taxar os depósitos num país, ainda que seja um pequeno país, vai criar receios fundados de que possa vir suceder o mesmo em outros países de maiores dimensões.

E mesmo que se volte mais tarde com a palavra atrás, o mal já está feito! Os efeitos sistémicos do anúncio da medida ficarão por alguns anos e a retoma será mais difícil e demorada! .....um disparate!


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