quarta-feira, 9 de maio de 2012

Big brother is watching you - e tu é que pagas!


O processo jurídico que envolve escutas telefónicas supostamente ilegais, efectuadas em Portugal a determinados indivíduos, parece ter alguma semelhança com o escândalo das escutas telefónicas da News Corporation no Reino Unido. Em ambas as situações estão envolvidos espiões, empresas de comunicação social e alegados actos ilícitos. Mas aqui ficam as “subtis” diferenças:
No Reino Unido, um jornal contratou alegadamente serviços privados para espiar figuras públicas com objectivo de obter ganhos económicos com publicações sobre as suas vidas;
Em Portugal, um grupo económico recorreu alegadamente aos serviços de informação da República (públicos), subornando os seus funcionários pagos pelos impostos dos contribuintes de forma a obter informações sobre esses mesmos contribuintes.
Não quero acreditar que a história tenha ocorrido desta forma, mas a ser verdade, os ingleses têm muito a aprender com os nossos métodos de obter informação privilegiada! James Bond pode ser Britânico mas para quê ir ao padre se temos via aberta para tratar o assunto com o Papa?
Passando a provocação, quem espia os espiões?

3 comentários:

Pedro Antunes disse...

Pode ser uma questão de confiar mais nas capacidades do privado versus público! :)

Jose Lapalice disse...

Eu nisto, há duas coisas que me transcendem.
1ª: Como é possível ter nos serviços secretos pessoas que pertencem a sociedade secretas às quais juram obediência? Nalguma delas (ou não duas) estarão a mentir nas suas promessas de obediência.
2ª: Será que os serviços secretos portugueses são assim tão maus que nem sequer conseguem identificar quem pertence a sociedades secretas em Portugal?

Nuno Vaz da Silva disse...

Lapalice:
1-- estamos em Portugal e valores como a ética, a moral e o bom senso, ficam muitas vezes atrás do saldo da conta bancária
2- Não acredito nisso mas pode haver interesse dos chefes em que não se discubra quem é essa malta