O processo jurídico que envolve
escutas telefónicas supostamente ilegais, efectuadas em Portugal a determinados
indivíduos, parece ter alguma semelhança com o escândalo das escutas
telefónicas da News Corporation no Reino Unido. Em ambas as situações estão envolvidos
espiões, empresas de comunicação social e alegados actos ilícitos. Mas aqui
ficam as “subtis” diferenças:
No Reino Unido, um jornal
contratou alegadamente serviços privados para espiar figuras públicas com objectivo de obter ganhos económicos com publicações sobre as suas vidas;
Em Portugal, um grupo económico
recorreu alegadamente aos serviços de informação da República (públicos), subornando os
seus funcionários pagos pelos impostos dos contribuintes de forma a obter
informações sobre esses mesmos contribuintes.
Não quero acreditar que a
história tenha ocorrido desta forma, mas a ser verdade, os ingleses têm muito a
aprender com os nossos métodos de obter informação privilegiada! James Bond
pode ser Britânico mas para quê ir ao padre se temos via aberta para tratar o
assunto com o Papa?
Passando a provocação, quem espia
os espiões?
3 comentários:
Pode ser uma questão de confiar mais nas capacidades do privado versus público! :)
Eu nisto, há duas coisas que me transcendem.
1ª: Como é possível ter nos serviços secretos pessoas que pertencem a sociedade secretas às quais juram obediência? Nalguma delas (ou não duas) estarão a mentir nas suas promessas de obediência.
2ª: Será que os serviços secretos portugueses são assim tão maus que nem sequer conseguem identificar quem pertence a sociedades secretas em Portugal?
Lapalice:
1-- estamos em Portugal e valores como a ética, a moral e o bom senso, ficam muitas vezes atrás do saldo da conta bancária
2- Não acredito nisso mas pode haver interesse dos chefes em que não se discubra quem é essa malta
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