quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Os interesses da comunicação ou falta dela...

A comunicação ou falta dela, entre jornalistas e políticos assim como outras entidades como sejam instituições cientificas, e’ como disse o João Mergulhão num post recente do Dinamizar Portugal, um problema bem velho!

Por exemplo, em ciência, o problema da distorção da mensagem cientifica pelos media e’ dos mais ‘velhos’ problemas estudados por académicos que se dedicam ao estudo das relações entre ciência e sociedade. Todos sabemos que existe uma tendência para simplificar a mensagem de ciência genuína para ciência ‘popular’, o que resulta muitas vezes na ‘degradação’ da própria mensagem. Jornalistas culpabilizam cientistas por estes falarem uma linguagem incompreensível recheada de jargão cientifico; cientistas culpabilizam jornalistas pela sua falta de formação em jornalismo de ciência e bases cientificas; sociólogos falam de ambiguidades na distorção e dizem que os limites entre o que e’ genuíno e distorcido tem muitas vezes uso politico, i.e., existe um interesse na ambiguidade da mensagem por quem a produz, neste caso as instituições cientificas, no sentido de obterem determinado resultado (muitas vezes financiamento). E se isto e’ realidade para a ciência, o que direi eu da politica.

Ora, podemos perguntar, será que os jornalistas portugueses estão a passar a mensagem distorcida por falta de conhecimento ou entendimento da matéria, ou por conveniência de alguns? Vejamos o que se passou há dois dias no jornal Publico com a noticia sobre uma comparação do numero de contratados pelo actual e antigo governos, desmentida no dia seguinte pelo mesmo jornal. Ora, no final de contas, ficamos sem saber nem números, nem fontes de informação, nem qual ‘e afinal a verdade. Caso para se perguntar, o porque deste ‘mau’ jornalismo? Então não deveriam ser os próprios jornalistas a fazer o ‘trabalho de casa’ antes de publicar tais noticias infundadas? O será isso resultado de um jogo de interesses?

E são estas as mensagens que são passadas ao publico, sejam elas verdadeiras ou falsas! E ‘e delas que resulta maioritariamente a opinião publica.

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