domingo, 30 de janeiro de 2011

A educação do Parlamento Português

Ver ou somente ouvir debates da Assembleia da República Portuguesa é algo profundamente doloroso. Não pela falta de ideias, projectos ou visão séria e sustentada, dado que a sua ausência já tomo como dado adquirido. Mas ao menos que sejam capazes de cumprir os mínimos. E para mim, um dos mínimos que não é cumprido é a questão da educação que a instituição merece daqueles que lá falam.

Quando os assuntos são mais quentes, é raríssimo que as intervenções não sejam acompanhadas por apupos, urros, uivos, discussões paralelas. Isto já para não falar dos casos recentes mais tristes como sejam um Ministro a fazer "corninhos", deputado a chamar palhaço ao Primeiro Ministro (tendo eu dúvidas quem ele deveras ofendeu), deputado a "mandar para o falo" outro deputado, presidente da Assembleia da República a fazer trocadilhos com evacuar ou curioso por causa do artigo 69, etc, etc...

Já que efectivamente aquilo mais parece uma caserna, sugiro que se implemente um sistema de multas pecuniárias. De cada vez que um deputado desse um urro durante a intervenção de outrem, 10 € de multa para o "frasquinho". Trocar discussões paralelas entre bancadas durante uma intervenção, 100 € de multa. Linguagem de carroceiro nas discussões (como sugerir a um deputado que se está a doer que ponha manteiga), 250€ de multa. Sendo que este dinheiro reverteria para acções de solidariedade e bastariam uns 3 ou 4 estagiários para monitorizar o comportamento dos 230 meninos e meninas.

Por curiosidade, coloco aqui três links de discussões parlamentares quentes em três países europeus distintos: Portugal, Dinamarca e Ucrânia. Cada um afira por si sobre qual o país de que estamos mais próximos. 

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