sábado, 15 de janeiro de 2011

O Candidato Alegre

Antes de mais, um pequeno disclaimer: o meu voto vai ser algo branquinho, branquinho, pois nenhum dos candidatos sequer se aproxima ao que Portugal necessita neste momento.

Todavia, há um lado sórdido da minha mente política que vê pontos positivos no candidato alegre. Para mim, eu vejo enormes semelhanças entre este candidato e o Cacofonix (o mítico bardo da BD do Asterix). Com a nuance de que o português é mais inclinado para a poesia ao invés da cantoria. Mas como a maioria dos portugueses o que deseja é amarrá-lo a uma árvore (com um lenço na boca), a minha formação leva-me a ser solidário para com ele, pois ser incompreendido é tramado.

Outra vantagem do candidato alegre é o seu look. O ar de revolucionário sexagenário seria bastante útil a Portugal na relação com países da América Latina, Magrebe ou Timor-Leste. O reverso da medalha é que no mundo ocidental, Portugal passaria a ser visto como o país que tinha um Hemingway look-alike como presidente. Mas será que o saldo seria positivo?? Ignoro.

Mas acima de tudo, com um alegre como presidente, seria dado um grande impulso ao lado marialva do português. Já imagino páginas e páginas da Caras a relatar fins de semana do presidente: ora fotos dele a matar umas perdizes, ou a ver uma bela de uma tourada sem pejo de ferir sensibilidades de protectores talibans dos animais. E todos sabemos que o que o país realmente precisa neste momento é de alguém com larga experiência de tertúlias.