Este assunto já foi n vezes abordado, mas eu entendo que devo falar dele de novo porque o problema crescente do desemprego a isso obriga. É ponto assente que este é um dos principais problemas com que Portugal se debate e vai continuar a debater nos próximos anos. E qual foi a escolha do Governo para ocupar a pasta de Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional? As escolhas mais óbvias podiam levar a pensar que seria alguém oriundo de Economia ou de Direito. Não, em Portugal temos um licenciado em Biologia e Mestre em Ensino das Ciências - por equiparação. Ok, então preferiu-se alguém com experiência em educação do que com conhecimento do mercado de trabalho, de modo julgo eu a dar preferência à formação profissional (que tão conhecidos resultados tem dado ao país).
Curioso, pesquisei um pouco, e deparei-me com este texto um pouco derrogatório sobre o mesmo (o texto está a seguir ao CV). Nesse texto a autora interroga-se por exemplo como consegue um não doutorado ser presidente de um Instituto Politécnico. Ou como foi eleito deputado à Assembleia da República em 2002, mas cujas funções eram incompativeis com as funções de direcção no Politécnico, tendo alegadamente nunca ido à Assembleia assumir aquilo para o qual tinha sido eleito. Percebi também que tendo nascido em 1956, provavelmente entrou na Universidade em 74 ou 75. E que é natural de Penamacor. Terra de onde é também António José Seguro. Num distrito que pariu políticos como António Guterres ou Pinto de Sousa. Uma escolha coerente e cujos resultados na Secretaria de Estado do Emprego irão demonstrar a razão da sua escolha.
Ps: Se calhar o país nem é grande exemplo, mas em Espanha a Secretária de Estado do Emprego é professora de Direito do Trabalho e da Segurança Social na Universidade de Castela-La Mancha. Que previsiveis são estes espanhois.
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