Quando um computador está bloqueado e já esgotámos todas as hipóteses de resolução de problemas pela via “diplomática”, existe um botão que nos salva! Para uns é o reset, para outros é o botão desligar (e ligar novamente). Num passe de mágica, dentro de segundos fica tudo a funcionar correctamente! Sistemas operativos e aplicações ficam renascidos!
Na política devia haver o mesmo botão. Quando não se acredita nos políticos e eles só nos provocam desespero, devíamos poder carregar no botão e começar tudo de novo. Instituições, políticos, partidos….reset a todos eles e começaríamos uma nova vida do zero!
Depois disso, e como tínhamos aprendido com os erros que nos levaram ao reset, construíamos uma sociedade mais eficiente, sem gastos supérfluos, sem corrupção e sem políticos com birrinhas (que nos custam milhões de euros).
No entanto, a mesma sociedade que anseia encontrar o reset, vive às custas desse mesmo sistema informático bloqueado. Trabalham em Institutos Públicos desnecessários, ocupam lugares ineficientes na Administração Local, têm progressões e promoções na carreira automáticas, recebem o rendimento social de inserção, preferem receber o subsídio de desemprego do que optar por trabalhos precários, têm filhos para os quais pediram uma “cunhazinha”, têm empregos excessivamente bem pagos, trabalham nas Universidades e ganham balúrdios por pareceres privados, são comentadores políticos pagos para dizer banalidades, fizeram as Novas Oportunidades em 3h e entram nas faculdades com melhores notas de quem estuda 12 anos, preferem empregos a trabalhos…….autênticas ténias da sociedade!
Para o país progredir, temos de encontrar o botão reset e reiniciar a vivência social sem estas criaturas que sugam a vitalidade e a saúde da sociedade. Não quero acabar com eles enquanto pessoas, até porque muitos serão meus amigos (alguns deles estarão inclusive a ler este texto) mas gostava que pudessem sentir-se úteis ao país que os tem sustentado. Certamente que eles próprios reconhecerão que tenho razão mas não estão dispostos a abdicar do seu status-quo quando olham para o lado e vêem casos bem mais gritantes de aproveitamento dos contribuintes! A solução deverá passar por uma “limpeza” transversal a toda a sociedade, não olhando a amizades nem a lobbies!
Alguém sabe onde fica o reset?
1 comentário:
Pelas vias democráticas, acho que essa "limpeza" transversal que o país necessita não irá ocorrer.
Se for de forma ditatorial, sim, é possível eliminar muitas pessoas (no sentido de postos de trabalho e no sentido físico também).
Em 1926 deu-se uma chicotada psicológica muito grande em Portugal. A partir de 1974, a porta abriu-se para centenas de milhares de ténias sedentas de dolce fare niente. E as ténias já têm os seus filhos adultos a ocupar os lugares. Ironia das ironias, parece ser a democracia que está a condicionar a nossa liberdade. Mais do que um simples reset, é preciso mesmo uma formatação de disco.
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