sábado, 29 de setembro de 2012

Neuroeconomia #2


Um dos primeiros conceitos que se aprende quando se inicia o estudo em Economia é o de custo de oportunidade.
O custo de oportunidade está relacionado com as decisões em função do tempo e dinheiro disponíveis.
Neste caso, ao tomar uma decisão tenho um custo de oportunidade da alternativa à decisão tomada.
Esta ideia pressupõe a hipótese de escassez, ou seja, ao escolher uma coisa em detrimento doutra o meu custo de oportunidade é o valor da coisa que perdi.
Num modelo em que temos como hipóteses a escassez e o custo de oportunidade associado às nossas decisões uma das variáveis mais difíceis de quantificar é a valorização do tempo.
Suponha-se que uma hora do tempo que um indivíduo tem disponível equivale a 25€, se demorar 30 minutos em média a encontrar um lugar de estacionamento, qualquer tarifa de valor inferior a 12,5€ compensa um estacionamento pago. Claro que numa situação como esta podemos sempre considerar outras hipóteses, como o facto de o carro ter mais do que um indivíduo, em que cada um valoriza o seu tempo e por quem se pode dividir o custo do estacionamento pago. Outra hipótese é o indivíduo estacionar o carro no estacionamento pago e logo a seguir encontrar um lugar de estacionamento não pago.
Numa situação como esta, a decisão estará sempre associada ao pensamento sobre o que em média acontece e sobre o tempo e dinheiro disponíveis. O pensamento racional será colocar na equação todo o dinheiro que se tem disponível para aquela situação e verificar o que se abdica por optar por um estacionamento pago, depois é uma questão de decidir sobre o que tem mais valor: estacionar em menos tempo ou o que se abdica.
O tempo é um bem escasso que deve ser valorizado de acordo com as preferências de cada indivíduo.

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