sábado, 22 de setembro de 2012

TSU

http://economicofinanceiro.blogspot.com/2012/09/quais-as-alternativas-transferencia-da.html

http://economicofinanceiro.blogspot.com/2011/05/taxa-social-unica-sera-uma-solucao-para.html

Posso dizer que concordo em absoluto com os artigos do Cosme Vieira. O objetivo de reduzir a TSU é: 1) reduzir os custos das empresas para que estas aumentem o emprego; 2) reduzir os salarios liquidos dos trabalhadores para que diminua o consumo interno e aumentem as exportacoes.

Ora, é isto o que os paises com moeda flexivel fazem todos para equilibrar as suas contas e sair da crise. Sim, há empresarios que sao contra. O filho do Belmiro já disse que isto vai prejudicar a SONAE, porque reduz o consumo das familias. Espera aí? Mas reduzir o consumo das familias é justamente o objetivo da medida. A ideia é produzir mais bens de investimento e exportar mais para crescer, nao era consumir mais.


7 comentários:

José Lapalice disse...

Já se falou o suficiente em Portugal sobre a estupidez daquela proposta de baixa da tsu para as empresas à custa dos trabalhadores. Sendo a maioria dos trabalhadores portugueses empregados em pme's que não exportam nem um parafuso, o pequeno ganho em mais empregos em empresas exportadoras seria mais do que absorvido pela perda de emprego nas empresas viradas para o mercado interno (via redução do consumo).

O Pedro Cosme refere e bem a alternativa que é melhor: aumento do horário de trabalho. é preferível trabalhar passar de 8 horas a ganhar 1000eur, para 10 horas a ganhar 1000eur, do que manter as 8 horas e ganhar 800 eur, p.ex. . Claro que nem em todos os sectores deveria ser permitido este alargamento de horário, para que não houvessem mais despedimentos or causa disso.

Carlos Madeira disse...

Oi, Aqui eu vou fazer de Advogado do Diabo, porque infelizmente em Portugal todos estao convencidos de que todos os Governos sao diabolicos e prejudicam as pessoas.

Repara num ponto que tu dizes: "em Portugal as empresas nao exportam nem um parafuso". Ora, é justamente por isso que devem existir medidas para as empresas exportarem.

Na Alemanha e China que já sao competitivos e exportam imenso, deveriam estar incentivando o consumo interno. Em Portugal e outros que exportam pouco e já consomem muito internamente deveria-se incentivar as exportacoes.

Essa é a ideia de equilibrio na balanca comercial. Os alemaes e chineses perceberam isto. Nós é que ainda nao...

José Lapalice disse...

Eu escrevi que "a maioria dos trabalhadores portugueses empregados em pme's que não exportam nem um parafuso". não que as empresas portuguesas não exportam nem um parafuso.

Mas sobre esta ideia da baixa da tsu para o empregador à custa dos empregados, o adjectivo estúpida resume a discussão. E não vale a pena escrever mais nada. Qualquer pessoa que conheça as empresas portuguesas percebe a lógica.

Carlos Madeira disse...

Bem, talvez fosse bom se os trabalhadores mudassem das "PMEs" que nao exportam para empresas grandes e que exportam. Outra forma seria privilegiar as PME que exportam. Em Israel existem muitas PMEs exportadoras. Os Portugueses sao menos capazes que os Israelitas? Estes até falam uma língua e escrevem num alfabeto menos global que o nosso, além de nao terem o privilegio dum ex-imperio colonial que toca os 4 continentes.

Existem estudos económicos sérios que dizem que em Portugal já se privilegia demasiado as PMEs pouco produtivas e se prejudica as empresas grandes mais eficientes.

http://www.voxeu.org/article/incredible-shrinking-portuguese-firm

http://www.nber.org/papers/w17265

Esta nao é uma opiniao estúpida como dizes. É defendida por economistas bem reputados.

José Lapalice disse...

Os portugueses são menos capazes do que os israelitas?

Mas é claro que são. Isso é uma pergunta tão ignorante que até dá pena. Portugal é o país mais analfabeto da Europa. E quando digo europa, digo Europa toda, que incluí Moldávia e afins.
Vai ler sobre a história dos judeus e a sua influência no mundo (acabando na finança), e pensa de novo nessa pergunta.

O que é estúpido é a ideia de baixar a tsu para o empregador à custa dos empregados ir aumentar o emprego em Portugal. Partilha estudos onde se diga que sem mais nenhuma alteração do mercado de trabalho, esta medida ia aumentar o emprego em Portugal.

Carlos Madeira disse...

Por acaso, até existe um estudo de 3 economistas de Harvard que apoia esta medida da TSU como forma de incentivar as exportacoes:

http://www.project-syndicate.org/commentary/a-devaluation-option-for-southern-europe

http://www.princeton.edu/~itskhoki/papers/FiscalDevaluations.pdf

E tu? Donde tens o teu estudo económico que diz que os Governos portugueses sao assim tao maus e estupidos?

Pensava que o Vitor Gaspar tinha estado como Director de Investigacao no BCE. Se os alemaes nao o achavam estupido, entao o homem nao pode ser assim tao mau. Obviamente, em Portugal existem muitos que sabem mais do que ele.

José Lapalice disse...

O que eu leio no primeiro artigo é isto: " It involves increasing the value-added tax while cutting payroll taxes".
Não foi isso que o Governo queria. O 2º artigo sugere " two types of fi scal policies equivalent to an exchange rate devaluation one, a uniform increase in import tari ff and export subsidy, and two, a value-added tax increase
and a uniform payroll tax reduction". De novo, não foi isto que o Governo queria. Não sei se leste os artigos, ou se viste só os títulos. Houve aí uma nítida falha de compreensão.

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_literacy_rate . Pronto, admito, Malta é o único país europeu pior do que nós.

As capacidades do Vitor Gaspar estão à vista. Um ministro das finanças que queria transferir 7% do rendimento dos trabalhadores para que os empregadores pagassem menos 6% é um IDIOTA. O Vitor Constâncio está bem acima das responsabilidades que o Gaspar teve no BCE. E consideras-te satisfeito com o trabalho dele em Portugal à frente do Banco de Portugal?

Ps: E eu não disse que os portugueses são maus e estúpidos. Disse é que temos o povo mais analfabeto da Europa. E é estúpida a comparação com Israel, pois nem de perto nem de longe temos o mesmo conhecimento que eles.